segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

DEFLAÇÃO E INFLAÇÃO


DEFLAÇÃO DE OFERTA Para o bem da didática, permitam cunhar – de propósito – uma expressão nova: “deflação de oferta”. Ambos não constituem caso de inflação propriamente. Mas há uma diferença entre eles. O efeito da chamada inflação de demanda sobre os preços de todos os produtos é o mesmo da “deflação da oferta” só que com sinal invertido: No primeiro caso, diminui a procura por outros bens por falta de moeda, cujos preços baixam naturalmente e o equilíbrio é restabelecido. O segundo caso é mais delicado por haver excesso de oferta causado tanto por superprodução quanto por ganhos de produtividade. No segundo caso sobra moeda para consumir com outros produtos básicos, cuja procura não pode ser atendida prontamente porque requer investimentos antecipados, assim, os preços sobem de forma concomitante. Deflação por superprodução e ganhos de produtividade são mais traumáticos pelo perda definitiva definitivas de profissões, difíceis de serem realocadas: artesões, tecelões, ascensoristas, etc. As novas tecnologias desocupam de mão de obra. Exemplo: superprodução do café na década de 30, telecomunicações e computadores na década de 70. DEFLAÇÃO POR SUPERPRODUÇÃO Antes de causar qualquer espanto, explico: – Qual foi o efeito da revolução tecnológica sobre os salários atualizados da época? Em menos de 30 anos de revolução tecnológica os assalariados dos EUA foram surpreendidos com a incrível abundância de produtos provenientes dos países asiáticos – especialmente da China – por preço jamais imaginado. Nem foi preciso nenhuma distribuição de renda para que os assalariados sentissem na pele a sensível melhora do seu padrão de vida. Passaram a buscar onde gastar o excedente de moeda em seu poder, antes que outros produtos primários – não dependentes – subissem de preço. Passaram a gastar mais energia, mais petróleo e mais comodities. Daí o aumento do preço desse tipo de produto – quase que concomitantes com aqueles que foram rebaixados. O FED não precisaria fazer nada de especial para manter os preços em geral nos mesmos patamares. Nenhuma surpresa: a inflação seria contida e todos sairiam ganhando. Após breve decurso de tempo de recessão os investimentos de alguns poupadores acabariam se orientando para a produção de petróleo e comodities aumentando a oferta fazendo retornar os aos mesmos preços de antes. Não fosse essa política monetária frouxa adotada pelo Fed durante a década de 1920, os preços teriam caído durante aquela década, a qual vivenciou um robusto aumento de produtividade O preço do ouro também aumenta durante os períodos de crescimento econômico artificial e cai durante as recessões. No entanto, desde que a última recessão americana terminou oficialmente em 2009 (como mensurado tecnicamente pela variação do PIB), o preço do ouro mais do que dobrou. A política de juros zero do Fed fez com que o custo de oportunidade de se investir em ouro se tornasse extraordinariamente baixo. As maciças injeções monetárias feitas pelo Fed criaram uma enorme pressão altista no preço do ouro. Nenhuma surpresa. Ouro, Petróleo e Comodities sobem durante os períodos de crescimento econômico artificial e cai durante as recessões.na fase de inflação e decrescem na seguinte fase de recessão. Leandro Roque, Instituto Von Mises.

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Uma exposição didática do significado de "visão geral de sistema".

Cada página acima tem o tamanho físico de uma página real e poderá ser consultada em qualquer órdem para ver como as "variáveis de sistema" estão interrelacionadas.

Para se ter uma visão de conjunto do artigo todo no arquivo do blog as postagens (mais extensas) aparecem na órdem em que foram postadas.























































































































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Escritor bissexto e plagiador de poetas. Calculista e decifrador.

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