domingo, 3 de novembro de 2013

OS CRIADORES DE PIRÂMIDES


MADOF INVERTIDO Claro que não vou falar de “inocentes” que ocuparam cargos no perigoso conselho de administração das empresas “X”, nem dos técnicos e engenheiros que portaram “virtuais segredos” ao se baterem em retirada – da mesma forma que fazem os engenheiros patriotas ao abandonar a Petrobras – porque não tenho a “cancha” de um Èlio Gaspari pra me meter em encrencas. A esses pobres coitados desejo o mesmo destino do criador de “pirâmides” do título deste comentário: “VOCÊS QUE SÃO BRANCOS que se ...”. Antes de se tornarem celebridades do mal, escaparam pela porta dos fundos, demitidos voluntariamente a pedido dos próprios interessados.

A HERANÇA DAS EMPRESAS "X"


Quem nos protegerá de nossos protetores? (‘Quis custodiet ipsos custodes?’) A quem beneficia a queda do "grande Gatsby". A plebe está babando de gosto. Um é Joakim, da galp. Outro é Manolo, da Repsol, ambas empresas minúsculas associadas à estatal chinesa Sinopec – que formariam um único consórcio – estavam inscritas no leilão de Libra. Quem nos protegerá dos nossos protetores chineses? Acabou virando o “braço da viola”: Deu Petrobras na cabeça, com 2 petrolíferas europeias e mais 2 estatais chinesas. Também um consócio único sem concorrentes. O mesmo acontece com o "grande Gatsby" das empresas X. No momento, fogem dele como o diabo foge da cruz. Uma ajuda no momento seria “um tiro no pé”, tendo em vista as manifestações de rua. A letra “X” que já foi objeto de repúdio na privatização da Petrobrax agora ficou tão desmoralizada que a Xuxa resolveu trocar o nome para chucha, segundo Zé Simão. ATÉ TU BRUTUS Beneficiou-se, tanto quanto seu pai se beneficiou do antigo regime. E agora se beneficia dos que combateram o antigo regime. Se beneficiou tanto quanto os intelectuais se beneficiam da "Lei Ruanet" como denuncia "Lobão (o outro, é claro), ou tanto quanto os que combateram a ditadura e agora são beneficiários de gordas aposentadorias. Políticos com mais de 70 anos correm o risco iminente de extinção, como o ministro ubíquo das micro empresas e ao mesmo tempo vice governador - que parecia um cara bacana - e que agora se junta a "fauna de políticos desta imensa unanimidade que acabará numa idolatria que dá medo . O Brasil e a 'América latrina' toda são países de compadres, como mostrou o grande entrevistado do programa Roda Viva há 2 dias: nada menos que o prêmio Nobel de literatura: Mario Vargas Llosa. Dá gosto ser leitor do cara que perdeu a eleição para o "Chino".

A VELHA NOVA FÓMULA DO GATILHO PARA AUMENTO DE COMBUSTÍVEIS


Nem tudo são flores. Apesar da recuperação do prestígio – por conta das bondades – o governo colhe os piores reveses na balança comercial desde 98. Tudo em razão da conta petróleo que acumulou deficites de 19 bilhões na conta petróleo, anulando resultados positivos de outros setores. Fora as mágicas contábeis na exportação de plataformas que não saíram do lugar, manutenção de refinarias e gasto excessivo na refinaria Abreu & Lima cujo sócio não comparece com sua parte na sociedade, fora sucessivos calotes na dívida da Venezuela. Faz tempo que o governo vem sendo alertado pela presidente da Petrobras sobre a necessidade de equiparação de preços dos combustíveis, mas a excessiva esperança na exploração do pré-sal – depois da vitória forçada e desnecessária do consórcio único no leilão de Libra – o governo por fim se dá conta da necessidade de aumento no preço da gasolina e diesel distribuídos para fazer face às despesas programadas na exploração. E o faz através do instrumento ambíguo do “gatilho” para fazer privatização diferenciada de governos anteriores. Ora, gatilho é um recurso de sindicalistas que se torna inócuo se os preços são livres, apenas regulados pelo câmbio. Está certo Ildo Sauer que seria melhor uma exploração gradual através de serviços prestados pela Petrobras em lugar do complicado sistema de partilha. Estão certos também as velhas raposas nacionalistas – mas não pelos mesmos motivos – que o adiamento do leilão daria um tempo precioso para a Petrobras se recompor de grandes perdas sofridas e esperar pelo resultados do excesso de alternativas do momento como “Shale gás” e pré-sal do golfo do México e costa da África. Acontece que os resultados demoram e enquanto duram o Brasil corre o risco – segundo Adriano Pires – de se tornar grande produtor e exportador de petróleo no futuro distante e incerto enquanto permanece na condição por período prolongado da importação onerosa de combustíveis. O Brasil já foi autossuficiente no sistema de concessão, quando a Petrobras foi privatizada.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

LEILÃO DE LIBRA NÃO PODERIA SER ADIADO


CONSÓRCO ÚNICO PROCLAMADO VENCEDOR NO LEILÃO DE LIBRA Providencial a notícia de espionagem: foi o motivo de que precisavam para o adiamento, por falta de concorrentes. Só empresas chinesas interessam para garantir fornecimento futuro de petróleo e nem se importam em ser operadoras. Até já tinham oferecido financiamento para cobrir os 30% que cabe à Petrobras. Na inscrição só apareceram chinesas, estatais evidentemente. Na hora do leilão não apresentaram proposta por serem sócias da Petrobras. Por conta disso também deixaram de comparecer a Petrogal e Repsol, pelo mesmo motivo. Depois de tanto tempo sem leilão o adiamento seria interpretado como fracasso. Foi uma “Vitória de Pirro”. Mesmo com a queda de produção na bacia de Campos e apesar do insucesso das empresas “X”, as apostas visam apenas o futuro distante para manter a “mística do Pre-sal”: interessa mais presente (gift) do “bônus de assinatura”. O que importa no momento é o sucesso do 1º poço promissor. Depois virão outros e muita coisa pode ser mudada no próximo governo. A melhor forma de explorar petróleo é como faz Cuba: durante décadas da guerra fria “extraía” petróleo da antiga URSS. Com a perda do fornecedor, depois da queda do ‘muro’ passou “extrair” petróleo da Venezuela em troca de médicos. E o Brasil – que agora importa médicos de Cuba – talvez possa substituir a Venezuela – agora em dificuldades – com fornecimento de petróleo do Pré-sal em troca de médicos. Não só médicos como mecânicos e funileiros, atividade na qual os cubanos são especialistas.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013


LEILAO DE LIBRA NO PAÍS DAS MARAVILHAS Não foi, tipicamente um leilão no conceito a que estamos habituados, com vários consórcios concorrentes. Foi um leilão de perdedores: perde o leiloeiro (união) que vai receber menos na repartição do lucro petróleo – obviamente pela falta de concorrente. Perde a Petrobras que – já tendo a garantia mínima de 30% de participação como operadora única – foi obrigada a pagar 10% a mais em um momento de dificuldade de caixa. Aquele que faz o serviço da exploração recebe mais e não menos lucro futuro ao contrário do “leilão português”: no qual quem oferece o menor lance “carrega o piano”. Um leilão na forma de concessão traria mais recursos para exploração de outros campos, diretamente pela Petrobras na forma de prestação de serviço como sugere o professor da USP Ildo Sauer. LEILAO DE LIBRA NO PAÍS DAS MARAVILHAS A existência de um vencedor requer a participação física de pelo menos mais um consórcio oponente. Como pode haver vencedores se não há concorrentes? Quais foram os vencidos. Faz lembrar “Alice no País dos espelhos”, de Lews Carol, quando o palhaço Humpty-dumpty exclama com ar de espanto: “competição boba esta: ao final chegaram todos juntos na hora combinada e todos vão receber as medalhas!”

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

BRINCANDO DE ESPIONAR


ESPIONAGEM: GRANDE NOVIDADE! Os responsáveis são os próprios funcionários ‘patriotas’ que tem acesso aos dados – constantemente mudando de emprego – caso de engenheiro de alta posição que saiu da Petrobras e foi para empresa ‘X’. Não é proibido levar acervo próprio. Na verdade grandes empresas não gostariam de estar subjugadas à Petrobras, que pode mudar as regras no meio do caminho, fato que já aconteceu com a própria, na Bolívia e Argentina. Presidenta não comparece ao 1º leilão do Pré-sal por receio de manifestações de sindicatos e nacionalistas para adiar o leilão. Aí, só comparecem estatais e chinesas, únicas que tem condições de esperar pelo petróleo futuro. Petróleo e gás – que é bom mesmo – só daqui 8, 10 anos, se tudo correr bem. Resta o “bônus de 15 bilhões, para cobrir rombo do “superávit” primário”. Se é assim, melhor teria sido concessão ou “cessão onerosa”, que rendeu 42,5 bilhões no poço de Lula, pouco promissor.

domingo, 22 de setembro de 2013


ESPIONAGEM: a grande novidade Usada desde os tempos de “amarrar cachorro com linguiça”. Folha há 30 anos, Zé Simão: –Bill Clinton autoriza espionagem em FAX. Folha há 60 anos: –Getúlio cria o “monopólio do petróleo”. –Petrobras é aprovada por projeto de Gabriel Passos da UDN e refinaria recebe seu nome. –Maçonaria anda a investigar maçonaria (Portugal). –Marechal Rondon investiga espionagem nos telégrafos do Acre. Como se vê, é o velho complexo de “vira-lata”, pois temos convênio de vigilância da Amazônia com os EUA; usamos satélite de comunicações alugado dos EUA; convênio ortográfico com Portugal e colônias; convênio de exploração da antártica,.... Eles nos vigiam há mais de século, mesmo sem querer explicitamente. Isto é coisa corriqueira. Não merece tantas exibições no GOOGLE (3 milhões em 0.25”). Se não quer ser “expiado”, faça como as celebridades: Não use celular, não tenha EMAIL e não entre no FACEBOOK. Use tambores e fumaças como OS índios. PRÉ-SAL e ESPIOANAGEM Ameaçadas de espionagem as grandes petrolíferas recuaram. Essa a versão oficial que serve como pretexto para um possível adiamento do leilão. Se comparecessem poderiam ser questionadas por conhecimento privilegiado. Como já era previsto só deram estatais e chinesas – como sócias não operadoras – para garantir fornecimento de petróleo no futuro distante. No curto prazo as grandes petrolíferas estão mais interessadas no gás que é mais promissor, especialmente o “shale gás” nos EUA, cuja exploração está mais avançada. Também há maior interesse no Pré-sal do México – mais próximo – com a Pemex em vias de ser privatizada. Ainda é possível à Petrobras importar gasolina e etanol por preço baixo, mas, mais dia menos dia, os estímulos à economia americana cessarão e os investimentos retornam ao lugar de origem e porto seguro. As consequências para a Petrobras serão danosas. Há ainda o risco de queda no preço do barril.

REGIME DE PARTILHA AFASTA GRANDES PETROLÍFERAS É uma forma disfarçada de afastar do leilão as grandes empresas. Para não parecer arbitrário, o motivo alegado foi espionagem, um fato corriqueiro nos leilões de concessão. Se comparecessem, poderiam ser questionadas por conhecimento privilegiado e afastadas arbitrariamente – como aconteceu na mega capitalização – da mesma forma que os bolivarianos fazem com a Petrobras. As estatais e chinesas entram pagando ¼ do que a Petrobras pagou pelo contrato de “cessão onerosa” (US$43bilhões) do campo Lula, muito menos promissor. Com isso, garantem o fornecimento de barris de petróleo futuro ao preço de mercado. Constitui apenas um empréstimo com pagamento futuro em espécie.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013


DESONERAÇÃO SOBRE CARVÃO MINERAL “A ausência dos empreendimentos a carvão causa surpresa, principalmente, porque no início da semana o Governo desonerou o carvão mineral da incidência de PIS/Cofins”. (Adriano Pires). Observe que a desoneração ocorreu apenas no produto e não na tarifa. O governo do Rio Grande sul – que tem grande interesse no aproveitamento do carvão mineral em térmicas – poderia baixar o ICMS (25%), o 2º mais caro depois de Minas gerais (30%) e assim, teria tido sucesso, o que contribuiria para a geração distribuída. Este seria o primeiro passo e incentivo para a redução do ICMS sobre a tarifa de outros estados, o que contribuiria para uma redução substancial da tarifa. Os estados consumidores de energia seriam os primeiros interessados na redução do ICMS na tarifa, tal como atualmente já o fazem em outros setores para atrair investimentos. A geração distribuída seria a maneira pela qual os estados produtores teriam de reter nos seus estados o consumo da energia por eles produzida em fábricas locais. Esta é tendência atual seguida pela maioria dos países. “Os recentes apagões evidenciam que é preciso uma política mais descentralizada para a geração, a transmissão e a distribuição, assumindo que o país possui dimensões continentais e a atual centralização está ficando cara e de difícil fiscalização” (Adriano Pires). A redução de encargos – hoje quase desnecessários – seria uma forma disfarçada de redução de ICMS, pois implica em redução automática do ICMS e PIS/COFINS por serem impostos sobre impostos. Mudança na forma de cobrança é outra forma de redução. O custo da energia – hoje declarada explicitamente na conta de luz – evidencia o a alta incidência desses impostos: quase tanto quanto o valor da energia.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

CARVÃO MINERAL EM TÉRMICAS


DESONERAÇÃO SOBRE CARVÃO MINERAL “A ausência do sucesso dos empreendimentos a carvão causa surpresa, principalmente, porque no início da semana o Governo desonerou o carvão mineral da incidência de PIS/Cofins”. (Adriano Pires). Observe que a desoneração ocorreu apenas no produto e não na tarifa. O governo do Rio Grande sul – que tem grande interesse no aproveitamento do carvão mineral em térmicas – poderia baixar o ICMS (25%), o 2º mais caro depois de Minas gerais (30%) e assim, teria tido sucesso, o que contribuiria para a geração distribuída. Os estados consumidores de energia seriam os primeiros interessados na redução do ICMS na tarifa, tal como atualmente já o fazem em outros setores para atrair investimentos. A geração distribuída seria a maneira pela qual os estados produtores teriam de reter nos seus estados o consumo da energia por eles produzida já que a cobrança ocorre no destino e não na produção. Esta é tendência atual seguida pela maioria dos países. “Os recentes apagões evidenciam que é preciso uma política mais descentralizada para a geração, a transmissão e a distribuição, assumindo que o país possui dimensões continentais e a atual centralização está ficando cara e de difícil fiscalização” (Adriano Pires).

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PETRÓLEO REINVENTADO


REINVENÇÃO DO PETROLEO PELO USO DO SHALE GAS A maior vantagem proporcionada pela revolução do shale gas decorre do fato de serem explorados por proprietários privados dos recursos e os exploram com meios próprios contando incentivos dos próprios estados produtores, ao contrário daqueles em que a propriedade é da união, garantida por dispositivos constitucionais que remontam ao código de águas, de 1934. Os EUA repetem a experiência dos estados produtores dos EUA que inventaram o petróleo do Texas e Pensilvânia. –Porque o shale gas nos EUA dá certo e o pré-sal não deslancha? Eis algumas razões: – É estabelecida em bases locais – devido aos baixos custos do transporte em relação ao do petróleo e gás por oleodutos. – Ocorre em zonas despovoadas e aproveita a extensa rede de gasodutos subutilizada dos antigos campos, o que favorece a geração distribuidada através termoelétricas combinadas a gas muito mais econômicas do que as antigas térmicas a vapor movida a carvão e óleo. – Antigos campos ainda bastante produtivos foram deixados à margem em razão da abundância de novos mais produtivos e dos baixos preços do barril daí decorrentes. Inicialmente o gás excedente era reinjetado para aumentar a produção, ou, simplesmente queimado. De modo que existe uma enorme quantidade de gas e petróleo encarcerado nos poços maduros que pode ser reaproveitado pela injeção de água no processo de fracionamento. –A aplicação da nova tecnologia de fracionamento não se restringe à exploração de gás de xisto. Pode ser usada também para obtenção de petróleo em poços maduros ou em jazidas até agora consideradas subcomerciais, com uma vantagem: a de que a rede de infraestrutura subterrânea pode ser fortemente reduzida. – A ocorrência contempla indistintamente países grandes e pequenos, ricos ou pobres, que podem recorrer à P&D desenvolvida nos países ricos em regime de cooperação espontânea. Assim, podem escapar da ditadura do cartel dos grandes produtores de petróleo. – os EUA repetem a experiência dos estados fundadores dos EUA que inventaram o petróleo do Texas e Pensilvânia. – Enquanto o governo brasiileiro desonera o carvão mineral para uso em térmicas a vapor de baixo rendimento, nos EUA elas são substituidas por termoelétricas a gas mais econômicas na produção de calor e eletricidade. Com isso libera extensa rede de estradas de ferro utilizada no transporte de carvão, assim como reduz o uso do próprio carvão em térmicas e siderúrgicas.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013


APAGÕES COM TÉRMICAS NA BASE Apagões acontecem mesmo com térmicas acionadas enquanto hidroelétricas são desligadas para encher reservatórios. Daqui pra frente vai ser assim. Termelétricas já fornecem mais de 1/3 da energia (Kwhora) Apagões se sucedem pela perda de qualidade técnica segundo alerta Pingueli Rosa. Equipamentos e linhas são antigos e requerem remuneração adequada. Mudanças na legislação acabam afugentando os investidores ou a redução dos melhores quadros técnicos das empresas. Não será apenas por ineficiência, falta de manutenção e fiscalização. O problema é estrutural: Não falta energia. Falta linha de transmissão e custa pouco para o sistema ser mais conectado e ter mais caminhos alternativos. que requerem modernização e manutenção, algumas inéditas em tensão superior às existentes que sequer foram ainda experimentadas, a exceção de algumas linhas na China em 1 milhão de volts, corrente contínua e capacitor série. EUA e Europa vêm incentivando ao máximo a geração distribuída, próxima à carga. Isso evita o crescimento desmesurado da malha de transmissão e, por conseguinte, de seu custo e risco respectivo. No Sudeste acontecerá naturalmente como forma de fugir ao controle burocrático imposto pelas distribuidoras. Não é a toa que os donos de estabelecimentos sejam “incentivados” a instalar geradores de reserva, o que é uma evidência da necessidade de térmicas complementares nos períodos de pico de demanda, ou seja: o privado se antecipando ao público. Em um momento em que o governo busca reduzir tarifas de eletricidade 4 apagões ocorrem em menos que 2 meses. Térmicas são acionadas mais por precaução com o clima porque os reservatórios não dão conta da regulação. Mas, não falta energia. Pelo contrário há excesso de eletricidade segundo o ONS. Falta linha de transmissão para o sistema ser mais conectado e ter mais caminhos alternativos.

domingo, 25 de agosto de 2013


BRINCANDO DE NOVO NOS CAMPOS DO PRÉ-SAL Ainda Segundo Meireles (folha de domingo, 25): – A alta do dólar foi o sinal do FED de que reduzirá as medidas de estímulo monetário contra a crise (“Tsunami de dólares”), agora reiterado. O sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA combinado com a eliminação dos estímulos traz como consequência a valorização do dólar – como continua ocorrendo. “Elas elevaram demais a oferta de dólares e sua reversão fortalece a moeda americana e redireciona capitais aos EUA”. O sucesso eleitoral está novamente garantido, mas o risco do fiasco do 1º leilão do Pré-sal permanece. O governo tem pressa, tanto que antecipou colocando o poço mais promissor para evitar o desgaste com a queda das ações da Petrobras. O governo está de olho mesmo é no “presente” (gift) para cobrir superávits: bônus de assinatura (15 bilhões de dólares) mais do que na repartição do óleo “futuro” (máximo 75%,). Até outubro o governo vai fazer de tudo para ter um bom desempenho no teste do 1º e único poço de Libra, nem que tenha que abrandar as exigências: pouco direito de voto (35%), ainda sujeito a veto da estatal PPSA no que tange a custo. São exigências demasiadas que só podem contar com grandes empresas chinesas, interessadas apenas em garantia de fornecimento futuro. Mesmo com a queda de produção na bacia de Campos e apesar do insucesso das empresas “X”, as apostas não têm compromisso no presente: O que importa é o sucesso do 1º e único poço promissor. Depois virão outros e muita coisa pode ser mudada no próximo governo. Se a oferta de dólares realmente for mais restrita a Petrobras terá sérias dificuldades para importar gasolina e etanol – pelo menos momentaneamente – por preço ainda mais caro do que já está fazendo. O subsídio à gasolina importada – que já é um transtorno para a Petrobras – se tornará ainda maior com preços mais elevados da gasolina e etanol devido ao fim do estímulo que a economia dos EUA vai passar – gradualmente – nesse ano de 2013 e seguintes. Já perdemos muito dinheiro com essa brincadeira. Bom mesmo é que não se perca a esperança, porque os americanos – como sempre – chegarão primeiro.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

GASOLINA SOBE AINDA ESTE ANO


O COMEÇO DO FIM OU O FIM... Manifestações impedem alta nos combustíveis. Fuga de investimento inviabiliza 1ª rodada do PRESAL. A anunciada eliminação dos estímulos do FED combinado com o sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA traz como consequência a valorização do dólar – como já está ocorrendo – e às dificuldades da Petrobras na importação de gasolina, diesel e etanol. Se, o “1º tsunami de dólares” barateava o combustível importado, ainda era possível a equiparação do preço nas distribuidoras. Agora é impossível: imagina o efeito perverso de uma valorização do dólar que encarece o gás, gasolina e etanol importado que a Petrobras vá ter de bancar daqui pra frente. A essa altura dos acontecimentos uma alta no preço dos combustíveis na bomba seria “um tiro no pé” tendo em vista o clamor das ruas. Mas, seria muito pior o aumento inevitável em ano de eleição. Gasolina aumentando usuários vão consumir menos de outros bens, reduzir viagens e haverá redução no preço desses outros bens. A inflação é um fenômeno monetário. http://letras.mus.br/vital-farias/49294/#selecoes/380165/

terça-feira, 20 de agosto de 2013


POLÍTICA DE AFROUXAMENTO MONETÁRIO Segundo Meireles (folha de domingo, 4), foi um processo de alta liquidez e juros baixos que permitiu ao FED uma política de incentivo ao consumo e ao crédito com inflação sobre controle. Isso, só foi possível graças à capacidade da China de exportar produtos de baixo preço. Mas, foi a grande riqueza gerada pela cooperação com os países asiáticos o responsável pela alta exagerada das ações das empresas multinacionais, especialmente as de internet no fim dos anos 90 que levou os EUA a recessão, – devida a perda patrimonial dos prejudicados na bolsa – e que motivou o afrouxamento da política monetária. A operação teve sucesso, mas o excesso de liquidez fez outros ativos subirem exageradamente no mercado imobiliário. Quando a bolha estourou houve paralização dos mercados de crédito e investidores em geral. Aí, sim tivemos uma crise global. Este afrouxamento só foi possível devido aos elevados défites nas contas externas dos países importadores financiados na maior parte pela poupança Chinesa e de outros países poupadores. Foi uma cooperação perfeita entre consumidores de países produtores de alta tecnologia e os poupadores dos países emergentes que financiavam com lucro a venda de produtos baratos. Mas a cooperação se tornou insustentável por 2 motivos principais: – Países emergentes não poderiam continuar sustentando déficits imensos dos EUA e financiando a gastança Americana sem atrair a “birra” dos emergentes por melhor nas condições de vida. Isso colocou os EUA isolados no foco da reação de terroristas. – A alta do dólar foi o primeiro resultado do anúncio cauteloso da retirada gradativa do estímulo (“Tsunami de dólares”) pelo do presidente do FED, agora reforçado. O sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA combinado com a eliminação dos estímulos traz como consequência a valorização do dólar – como já está ocorrendo. Não constituiu surpresa alguma a valorização do Real frente ao Dólar que levou ao consumo de bugigangas importadas. Apesar de esgotados os estímulos permanecem. Agora ocorre a mesma coisa com sinal trocado: sabíamos que mais dia menos dia os dólares acabariam por voltar ao seu local de origem e porto seguro. Só não sabia quando. Desta vez – não mais como consumo de mercadorias baratas – mas como investimento. Viagens ao exterior se tornam mais caras, e brasileiros vão usar o dólar mais caro para comprar imóveis ou investir em empresas americanas. A alta exagerada das ações – principalmente de Internet – teve ganhadores, que foram as empresas multinacionais, mas teve também perdedores devido à perda patrimonial dos que tiveram prejuízos na bolsa, como fartamente documentado. A política de afrouxamento ou “tsunami de dólares” foi o que permitiu ao FED adotar política de Juros baixos e incentivos ao consumo e ao crédito com baixa inflação. Onde foram parar os dólares resultantes do afrouxamento monetário? O principal beneficiário foi a China e, por consequência o Brasil com o “boom das comodities”.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

TSUNAMI 2: " O RETORNO..."


O “Tsunami I” – que tanto irritou a presidente – produziu a valorização do Real frente ao Dólar e levou ao consumo de bugigangas importadas. No passado recente o país temia o “tsunami de dólares” e reduziu taxa de juros (Selic). Agora teme a “calmaria de dólares” reduzindo IOF e intervindo no mercado. Sempre soube que mais dia menos dia os dólares acabariam por voltar ao seu local de origem e porto seguro. Só não sabia quando. Desta vez – não mais como consumo de mercadorias baratas – mas como investimento. A alta do dólar foi o primeiro resultado do anúncio cauteloso da retirada gradativa do estímulo (Tsunami de dólares) pelo do presidente do FED, que agora se aposenta. O sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA combinado com a eliminação dos estímulos traz como consequência a valorização do dólar – como já está ocorrendo – e às dificuldades da Petrobras na importação de gasolina e etanol. A exploração do gás de xisto nos EUA registrou produção recorde em 2012 e o sucesso acabará refletindo no preço comodities inclusive o petróleo que já dá sinais de baixa no preço do barril. Eventos simultâneos: – Valorização da moeda dólar, que já está ocorrendo. – A exploração gera um ambiente propício ao investimento. – Retorno dos dólares devido a eliminação dos estímulos. – Aumento da taxa de juros do FED.

quarta-feira, 19 de junho de 2013


O SHALE GAS É O “X” DA QUESTÃO O sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA é um claro indício do fim gradativo de estímulos dos EUA, conforme prevê o FMI. “Calmaria de dólares” aumenta despesa da Petrobras, mas estimula a produção nacional de etanol e de gás. Aumenta receita de exportação e diminui despesa corrente de importação. O etanol deve ficar mais competitivo do que a gasolina este ano e se o preço da gasolina for finalmente equiparada – agora mais justificada pela alta do dólar – o etanol premiado de cana tem chance de sair da estagnação dos últimos anos. É claro que a produção deste ano de 2013 ainda não será suficiente. Entretanto, é bom lembrar que o brasil não é somente um simples produtor de etanol, mas detentor da provada tecnologia e fabricante de equipamentos que poderão ser exportados em larga escala para países emergentes. CONCORRÊNCIA NA PRODUÇÃO DE CALOR DE PROCESSO Indústrias de cerâmica e de vidro substituíram óleo combustível pelo gás e perderam competitividade, mas “não têm como voltar atrás” (Abividro). Até meados da década passada, o Brasil era fornecedor de vidro plano para quase toda a América do Sul. Há uma forte concorrência pelo gás para produção de “calor de processo” e gás para acionamento de térmicas. Produtores verticalizados têm a alternativa de “vender o calor” de suas térmicas em lugar da venda do gás propriamente dito. Os custos do setor petroquímico dependem tanto do preço do gás que várias fábricas podem fechar. Nos Estados Unidos, o gás extraído das rochas de xisto (shale gas) tem custo baixo e abre a perspectiva de reduzir o custo da energia naquele país, que detém a segunda reserva mundial, depois da China.

CALMARIA DE DÓLRES


GAS DE XISTO “Calmaria de dólares” aumenta despesa da Petrobras, mas estimula a produção nacional de etanol e de gás. Aumenta receita de exportação e diminui despesa corrente de importação “Reais trocados por dólar compram a mesma coisa aqui e acolá”. Estímulos ao consumo não perduram: um dia o equilíbrio se estabelece. A exploração do gás de xisto nos EUA registrou produção recorde em 2012, mas o sucesso não chegou ainda a refletir no preço do barril. A China ultrapassou os Estados Unidos no consumo e junto com a Índia continuam responsáveis pelo maior aumento da demanda. Europa e demais países de clima frio continuam dependentes do gás e petróleo russo. Depois da 11ª rodada – com atraso de 5 anos – a esperança brasileira agora é o gás, visto como “salvação da lavoura” para a indústria. Mas, não basta ter reserva segundo Adriano Pires. A pesquisa do gás de xisto nos EUA dura mais de 10 anos e só agora aparece os primeiros resultados. O petróleo continuará caro por mais 10 anos ainda. Não é nada fácil repetir o sucesso do gás de xisto aqui. Isso demanda tempo e grande incentivo para infraestrutura. Não existe um mercado global de gás natural dado o alto custo quando comparado ao transporte de petróleo. Por isso o mercado estabeleceu-se em base regional. É mais caro transportar gás do que petróleo e outros combustíveis líquidos.

TSUNAMI OU CALMARIA DE DÓLRES


CALMARIA DE DÓLARES No passado recente o país temia o “tsunami de dólares” e reduziu taxa de juros (Selic). Agora teme a “calmaria de dólares” reduzindo IOF e intervindo no mercado. Se a oferta de dólar realmente for mais restrita a Petrobras terá sérias dificuldades para importar gasolina e etanol por preço ainda mais caro do que já está fazendo. Se o subsídio já é um transtorno para a Petrobras, se tornará ainda maior com preços mais elevados da gasolina e etanol devido ao fim do estímulo que a economia dos EUA vai passar – gradualmente – nesse ano de 2013 e seguintes. Se, com um “tsunami” que barateia o combustível importado, imagina o efeito perverso de “uma calmaria” de reais desvalorizados que encarece o gás, gasolina e etanol importados que a Petrobras vá ter de bancar daqui pra frente. Do lado da energia, a reação à queda de popularidade foi novo incentivo ao consumo de eletricidade dos novos eletrodomésticos produzidos por usinas térmicas consumidora de combustíveis fósseis: uma verdadeira afronta ao IIº princípio da termodinâmica.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

PREÇO DO GÁS AINDA É OBSTÁCULO


GAS DE XISTO Indústrias de cerâmica e de vidro substituíram óleo combustível pelo gás e perderam competitividade, mas “não têm como voltar atrás” (Abividro). Até meados da década passada, o Brasil era fornecedor de vidro plano para quase toda a América do Sul. Há uma forte concorrência pelo gás para produção de “calor de processo” e gás para acionamento de térmicas. Produtores verticalizados têm a alternativa de “vender o calor” de suas térmicas em lugar da venda do gás propriamente dito. Os custos do setor petroquímico dependem tanto do preço do gás que várias fábricas podem fechar. Nos Estados Unidos, o gás extraído das rochas de xisto (shale gas) tem custo baixo e abre a perspectiva de reduzir o custo da energia naquele país, que detém a segunda reserva mundial, depois da China. Apesar produção recorde em 2012 o enorme sucesso na exploração das reservas não chegou ainda a refletir no preço do barril. A china ultrapassou os Estados Unidos no consumo e junto com a Índia continuam responsáveis pelo maior aumento da demanda. Europa e demais países de clima frio continuam dependentes do gás e petróleo russo. GASODUTOS A rede de gasodutos desempenha o mesmo papel que o sistema interligado no transporte de energia elétrica. São redes paralelas transportando tipos distintos de energia: térmica e eletricidade. Portanto, NÃO deveria ter donos exclusivos. Mas ser utilizado por produtores independentes e usuários distantes, na mesma forma utilizada no sistema elétrico interligado: vendendo em uma ponta e comprando em outra de consumo, pagando apenas o aluguel pelo trânsito ou diferença de custos. Como estão estreitamente relacionados no transporte de energia deveriam ser administrado pelo mesmo consórcio comum, como é o Operador Nacional do Sistema elétrico. Hoje o problema não é a energia elétrica propriamente dita para acionamento industrial -- em baixa devido ao elevado preço da tarifa, agravado pelo câmbio -- mas a energia térmica de combustíveis para acionamento dos motores do agronegócio e mineração, principal fonte de superávit externo. Mas ela tem que chegar onde é necessária. “Isso só é possível com mais investimentos e melhorando a operação do sistema” (Adriano Pires). O sistema brasileiro de fato é bem bolado quanto à integração das diversas regiões do país. a saber, quando integráveis, o que não acontece na maioria dos potenciais recém-licitados da Amazônia, cujos rios constituem bacias isoladas de mesmo regime sazonal. Você não pode ter uma dependência tão grande de um corredor exclusivo, tem que ter uma redundância para dar segurança e isso requer malha mais elaborada e ambientalmente cara por transmitir energia, ao contrario da internet que só transmite sinais.

domingo, 9 de junho de 2013

GERAÇÃO SIMULTÂNEA DE CALOR FRIO E ELETRICIDADE


Estima-se que nada menos do que 50% da energia produzida pelos carros, fábricas e centrais elétricas perca-se na forma de calor - nos motores a combustão dos carros, o desperdício pode chegar facilmente aos 80%. EFICIÊNCIA NO USO FINAL DA ENERGIA O Brasil usa de maneira ineficiente as 2 formas principais de produção de energia, tipicamente: calor e eletricidade. Exemplo: usou hidrelétricas para produzir energia e deixa térmicas paradas que poderiam substituir o estoque de energia potencial dos reservatórios por estoque de energia potencial química contida no combustível. Quando usa térmicas o processos não leva em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. Não se pode perder de vista que o consumo de energia para finalidade de aquecimento é muito maior do que a produção energia elétrica propriamente dita. Agora mesmo, com a intensificação de térmicas na base chegará ao absurdo de gerar energia elétrica para aquecimento de eletrodomésticos – quando poderia queimar o gás diretamente – a menos que hidrelétricas mais adaptáveis sejam utilizadas nos horários de pico. Hospitais, condomínios, shopings, conjuntos habitacionais, etc. não podem prescindir de gerador próprio para gerar a sua própria energia. Cimenteiras, cerâmicas, fábrica vidros, produtores de bebida e alimentos etc. – que utilizam calor de processo – podem ser estimulados a gerar sua própria energia: calor frio e eletricidade, através de usinas combinadas. Um bom exemplo: “A GE fechou um contrato de US$ 4,5 milhões com a Coca-Cola Andina Brasil para equipar uma unidade de engarrafamento localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com três motores Jenbacher a gás natural. Com potência total de 12 megawatts, os equipamentos serão utilizados para gerar energia e aquecimento para a fábrica, seguindo o conceito quadgeneration. Isto significa que, além das funções típicas de fornecimento de eletricidade e calor, os motores da GE permitirão a produção de água fria, dióxido de carbono (CO₂), nitrogênio e operações de engarrafamento” (COGEN).

quinta-feira, 6 de junho de 2013

térmicas não podem suprir picos


EFICIÊNCIA NO USO FINAL DA ENERGIA O Brasil usa mal e de maneira ineficiente as 2 formas principais de produção de energia, tipicamente: calor e eletricidade. Exemplo: usou hidrelétricas para produzir energia e deixa térmicas paradas que poderiam substituir o estoque de energia potencial dos reservatórios por estoque potencial de energia química contida no combustível. Quando usa térmicas o processos não leva em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. Não se pode perder de vista que o consumo de energia para finalidade de aquecimento é muito maior do que a produção energia elétrica propriamente dita. Agora mesmo, com a intensificação de térmicas na base chegará ao absurdo de gerar energia elétrica para aquecimento de eletrodomésticos – quando poderia queimar o gás diretamente – a menos que hidrelétricas mais adaptáveis sejam utilizadas nos horários de pico. Hospitais, condomínios, shopings, conjuntos habitacionais, etc. não podem prescindir de gerador próprio para gerar a sua própria energia. Cimenteira, cerâmicas, fábrica vidros, produtores de bebida e alimentos etc. – que utilizam calor de processo – podem ser estimulados a gerar sua própria energia: calor frio e eletricidade, através de usinas combinadas. Um bom exemplo: “A GE fechou um contrato de US$ 4,5 milhões com a Coca-Cola Andina Brasil para equipar uma unidade de engarrafamento localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com três motores Jenbacher a gás natural. Com potência total de 12 megawatts, os equipamentos serão utilizados para gerar energia e aquecimento para a fábrica, seguindo o conceito quadgeneration. Isto significa que, além das funções típicas de fornecimento de eletricidade e calor, os motores da GE permitirão a produção de água fria, dióxido de carbono (CO₂), nitrogênio e operações de engarrafamento” (COGEN). Para tanto existe grande quantidade de energia secundária a ser aproveitada, além do que existe a possibilidade de aumento de capacidade instalada pelo acréscimo de unidas com locais provisionados. Nos sistemas que já atingiram a fase térmica predominante este é um procedimento corriqueiro: hidrelétricas com baixo fator de capacidade. Não estamos proibidos de fazer usinas a carvão. Mas não acho que devam ser construídas mais usinas a carvão. Basta as que já estão aí. Não por causa do combustível, mas pelo “processo de caldeira a vapor de baixíssimo rendimento, verdadeira reminiscência arqueológica” do qual não escapa nem as nucleares. Precisamos mais de térmicas combinadas a gás que aproveite integralmente a energia química do gás na produção das 2 formas de energia: calor e eletricidade. Fontes alternativas, como a eólica, não vão cumprir a função de geração básica do sistema. Embora limpa, a produção é intermitente. Potenciais da Amazônia têm ampla utilização local quando subutilizados na forma de usinas de bulbo para geração distribuída e complementada por térmicas a gás natural e convencional existente.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

OPINIÃO DE TECNICOS


REFERENCIA DE TÉCNICOS Nivalde de Castro professor da Coppead. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. “Algumas térmicas precisariam gerar na base, sem parar. Hoje as usinas são contratadas por disponibilidades. Ficam paradas à espera de um chamado do ONS”. A quantidade de água nos reservatórios não é mais suficiente. Comentário: Não só isso, diríamos, processos que levem em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. Não se pode perder de vista que o consumo de energia para finalidade de aquecimento é muito maior do que a produção energia elétrica propriamente dita. Roberto Pereira D'Araújo do Instituto Ilumina. “As usinas hidroelétricas geram 90% da energia e apenas ½ da capacidade térmica – apesar de ter predominância de hidroelétricas.” Comentário: concordo, usa de maneira ineficiente as 2 formas de energia. Exemplo: usou eletricidade para produzir calor e deixa térmicas paradas que poderiam substituir o estoque de energia potencial dos reservatórios por estoque potencial de energia química contida no combustível. Altino Ventura do MME. "As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas". "Não teremos mais reservatórios como Sobradinho, Furnas, Itumbiara, Serra da mesa. Não há mais lugar para a construção de usinas com essas dimensões" “Nosso sistema é hidrotérmico, não baseado apenas em hidrelétrica”. Eu não consigo atender o mercado só com os 75% de participação que as hidrelétricas oferecem. E nós não estamos proibidos de fazer usinas a carvão. Comentário: também não concordo, mas não acho que devam ser construídas mais usinas a carvão. Basta as que já estão. Não por causa do combustível, mas pelo “processo de caldeira a vapor de baixíssimo rendimento, verdadeira reminiscência arqueológica” do qual não escapa nem as nucleares. Precisamos mais de térmicas combinadas a gás que aproveite integralmente a energia química do gás na produção das 2 formas de energia: calor e eletricidade. Fontes alternativas, como a eólica, não vão cumprir a função de geração básica do sistema. Embora limpa, a produção é intermitente. Potenciais da Amazônia têm ampla utilização local quando subutilizados na forma de usinas de bulbo para geração distribuída e complementada por térmicas a gás natural e convencionais existentes.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

HA MAIS COISAS NO AR DO QUE AVIÕES DE CARREIRA


“TÉRMICAS: DESLIGA OU NÃO: EIS A QUESTÃO” O governo age às cegas, cada hora uma mudança em favor da modicidade esquecendo a segurança. Porque a pressa em desligar 4 térmicas a diesel inexpressivas? – Roberto Pereira D’Araújo – autoridade no assunto – manteria todas térmicas ligadas. – “Algumas térmicas precisariam gerar na base, sem parar” (Nivalde de Castro). – Pingueli Rosa diz que deveriam ter sido ligadas antes de outubro. – Altino Ventura afirma que térmicas fazem parte de um sistema já hidrotérmico. Térmicas nunca deveriam ter sido desligadas: deveriam ser permanentes. A desculpa de sempre são os ambientalistas. Enquanto isso a demanda por energia continua em alta no setor de serviços devido aos estímulos ao consumo, mesmo com o fraco crescimento da economia. Com quem ficamos? Há uma saída? Uma possível saída seria apelar para as empresas – que já estão motivadas – no sentido de usar seus geradores de reserva nos momentos de pico. Já estão fazendo isso com medo do racionamento. Outro argumento para não desligar térmicas – mesmo aquelas a diesel – está no elevado potencial de produção das hidroelétricas nos horários de pico. Um bom exemplo é Serra da Mesa que nunca encheu completamente. Altino Ventura tem apontado constantemente que o sistema tem utilizado hidroelétricas para produzir energia em detrimento das térmicas que oferecem mais segurança, por motivos óbvios. Isto tem sido a causa principal do risco atual e futuro. Fontes alternativas, como a eólica, são intermitentes e não manipuláveis. Não estamos proibidos de usar térmicas convencionais a carvão e muito menos nucleares, cujo suprimento é inesgotável. O problema destas térmicas convencionais está no “processo”. São térmicas antigas que requerem caldeira a vapor de baixíssimo rendimento. Acontece que estamos usando energia de maneira ineficiente. Ora usamos fontes térmicas (combustível) para produzir potência (KW) nos picos diários de demanda, ora, usamos hidroelétricas para produzir energia (KWh), constantemente. Não demora, estaremos usando térmicas a combustível fóssil para finalidade de aquecimento quando seria mais barato queimar diretamente o combustível, como fazem os países de clima frio no aquecimento de residências.

sábado, 25 de maio de 2013

PICOS DE DEMANDA COM HIDROS


HIDROELÉTRICAS PRODUTORAS DE PONTA Em maio 25, – com acréscimos decrescentes (derivada) – os reservatório atingem o nível satisfatório maior possível de 70%, mas ainda inferior a 2012. Daí segue o mesmo padrão, agora com todas as térmicas ligadas, desta vez de forma permanente. –Porque os reservatórios devem permanecer cheios todo o tempo? Reservatórios cheios permitem suprir picos de demanda por períodos prolongados a qualquer hora, independente do clima. À medida que a demanda por energia cresce, hidroelétricas são cada vez mais solicitadas para atender picos maiores. Não compensa suprir picos de demanda (MW) através de usinas térmicas: sua potência seria maior do que a necessária para suprir energia (MW x hora). Mas, foi usada e vai continuar usando: um verdadeiro desperdício. Hidroelétrica é a única fonte que tem capacidade instalada maior (na proporção do FC 0.55) do que a quantidade energia que é capaz de produzir. "Algumas hidrelétricas já tem local pronto para colocar essas máquinas adicionais, mas ainda não colocaram. Ou seja, a parte civil já tá pronta. É só aumentar a potência da usina”, segundo o NOS, lembrando que essa ampliação não aumentaria a energia assegurada da usina, apenas à potência. No período chuvoso , hidroelétricas tem capacidade mais do que suficiente para atender picos demanda: o problema é no período seco, quando térmicas estão inteiramente ocupasadas na produção de energia. Picos de demanda – é bom lembrar – também podem ocorrer no período seco. Só hidros tem CI maior, ou seja: potência em curtos períodos. Poucas umas térmicas a diesel já estão desligadas mas, seria um erro desligar todas. PICOS DE CARGA Do lado do consumo o maior crescimento da demanda ocorre no setor de serviços, residencial e comercial, com diminuição da atividade industrial – reflexo do incremento da renda e do avanço do emprego – são razões que explicam o aumento da demanda para fins térmicos. A incorporação de eletrodomésticos às residências tais como chuveiros elétricos, condicionadores, refrigeração e iluminação contribuem para a curva de carga no momento do pico, justifica manter os reservatórios quase cheios como reserva estratégica para atendimento de surtos inesperados ou mesmo o aumento dos picos de demanda proporcionalmente à demanda por energia (Kwhora). È muito mais barato adicionar unidades para incrementar a capacidade instalada de usinas prontas do que construir novas. Especialmente se houver provisão (slots). “Até 5 GW de ganho de potência, colocando mais máquinas, apenas adicionando mais unidades, especialmente se houver provisão. È mais barato atender o horário de ponta com a ampliação de potência dessas hidrelétricas do que com térmicas” segundo o ONS. Atender picos de demanda com térmicas é um equívoco. Equivale a baixar o fator de capacidade, tal como acontece nos países nos quais predominam térmicas. Ou, países que já esgotaram todo seu potencial hidroelétrico. Essas são razões que justificam a geração distribuída, cada um gerando sua própria energia produzindo, ao mesmo tempo, os dois tipos de energia: calor e eletricidade. Mas para que isso ocorra é preciso haver incentivos, segundo o NOS. “queda de produtividade e de potência das hidrelétricas e o horário de ponta teve que ser atendido com térmicas e isso custa caro. Em alguns momentos, o operador chegou a acionar 9 mil MW térmicos para atender a ponta”. Isso é um despropósito (PEN 2011 - 2015). Este é risco hidrológico à forte diferença existente entre a potência instalada e a energia firme3 que se verifica entre o período úmido e seco do ano. Hugo Siqueira, em 12/04/2013.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

TSUNAMI SIDERÚRGICO


TSUNAMI NA INDÚSTRIA SIDERÚRGICA “Está tendo o efeito de um tsunami na indústria siderúrgica global, pressionando os preços em todas as regiões", disse Michelle Applebaum, analista de Chicago. O Brasil não precisa se intimidar com a oferta desordenada de produtos siderúrgicos (e alumínio) baratos como acontece com trilhos de má qualidade chineses recém-importados. O país tem condições de utilizar a grande capacidade de energia secundária para produzir – mesmo que sazonalmente – bens que a energia elétrica é capaz de produzir como eletro intensivos e aço (eletrólise a quente e fornos a arco), com isso reduzir a pressão sobre a indústria siderúrgica em vias de deixar o país (Siemens, Alcoa e outras). Os processos devastadores chineses não serão para sempre. MOTORIZAÇÃO DE HIDROELÉTRICAS A geração hidrelétrica de ponta também poderá ser aumentada pela construção de novas unidades geradoras em poços provisionados em algumas usinas hidrelétricas já existentes (5 GW segundo a Abrage), o que torna baixo os custos para o atendimento da demanda máxima do SIN. Isso gera uma expectativa atraente para os produtores do mercado livre dado que com tarifas maiores os produtores vão utilizar a grande quantidade de energia secundária para a produção sazonal de bens que a energia elétrica consegue produzir, tais como hidrogênio, lítio, por exemplo. Não só isso, alguns consumidores vão migrar para este novo mercado, com perda de clientes das concessionárias. Antes, eram térmicas a vapor de baixa qualidade técnica que garantiam ponta com combustível barato. O máximo do desperdício de energia. O tempo do combustível barato já passou. Agora, os papéis se invertem: são térmicas a gás combinadas que economizam combustível fóssil das antigas térmicas.

domingo, 19 de maio de 2013


GERAÇÃO SIMULTÂNEO DE CALOR E ELETRICIDADE 12/04/2013 “A GE fechou um contrato de US$ 4,5 milhões com a Coca-Cola Andina Brasil para equipar uma unidade de engarrafamento localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com três motores Jenbacher a gás natural. Com potência total de 12 megawatts, os equipamentos serão utilizados para gerar energia e aquecimento para a fábrica, seguindo o conceito quadgeneration. Isto significa que, além das funções típicas de fornecimento de eletricidade e calor, os motores da GE permitirão a produção de água fria, dióxido de carbono (CO₂), nitrogênio e operações de engarrafamento” (Fonte Cogen). Instalei um grupo gerador de reserva para um hospital e fiz a seguinte recomendação: “ligar o gerador próprio e deixar a Cemig na reserva”. Sai muito mais em conta. Além disso, o radiador foi suprimido e a água de arrefecimento foi ligada à serpentina do aquecedor central. Todo calor proveniente das perdas da queima do gás são integralmente utilizadas para o banho e roupa lavada dos pacientes, que, indubitavelmente constitui a maior demanda de qualquer hospital (70%). È o que denomina cogeração de calor e eletricidade por uma só fonte. Hotéis, condomínios e shopping centers não podem prescindir de geração própria. Além da segurança, economizam na conta de luz. Indústrias que utilizam “calor de processo” como cimenteiras, cerâmica, fábrica de alimentos e bebidas utilizam o processo cogeração em geração distribuída, para escapar do cativeiro da tarifa da distribuidora. Até usinas de biomassa utilizam para economizar bagaço, que é um combustível tão ruim que as próprias olarias rejeitam, mesmo que cedido gratuitamente.

sábado, 18 de maio de 2013

RESERVATÓRIOS CHEIOS: SEGURA CONTRA DEMANDA INESPERADA


RESERVATÓRIOS CHEIOS E A ENERGIA DE PONTA Reservatórios quase cheios é a contingência estrutural do sistema que se torna cada vez mais hidrotérmico. redução de tarifas – sempre benvinda – ocorre em momento crucial em que o sistema passa por mudanças estruturais com a utilização de modo permanente de térmicas nos próximos anos. O encarecimento pelo uso da térmica mais cara é uma consequência natural de um sistema que tende cada vez mais para hidrotérmico. Uma coisa nada tem a ver com outra: mesmo se não houvesse a baixa de tarifas o aumento do custo será inevitavelmente maior. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. Nivalde de Castro. Não só isso, diríamos, processos que levem em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. A geração hidrelétrica de ponta também poderá ser aumentada pela construção de novas unidades geradoras em poços provisionados em algumas usinas hidrelétricas já existentes (5 GW segundo a Abrage), o que torna baixo os custos para o atendimento da demanda máxima do SIN. Isso gera uma expectativa atraente para os produtores do mercado livre dado que com tarifas maiores os produtores vão utilizar a grande quantidade de energia secundária para a produção sazonal de bens que a energia elétrica consegue produzir, tais como hidrogênio, lítio, por exemplo. Não só isso, alguns consumidores vão migrar para este novo mercado, com perda de clientes das concessionárias. Antes, eram térmicas a vapor de baixa qualidade técnica que garantiam ponta com combustível barato. O máximo do desperdício de energia. O tempo do combustível barato já passou. Agora, os papéis se invertem: são térmicas a gás combinadas que economizam combustível fóssil das antigas térmicas.

RESERVATÓRIOS QUASE CHEIOS


RESERVATÓRIOS PERMANECEM CHEIOS –Porque os reservatórios devem permanecer cheios todo o tempo? Reservatórios cheios permitem suprir picos de demanda por períodos prolongados a qualquer hora, independente do clima. À medida que a demanda por energia cresce, hidroelétricas são cada vez mais solicitadas para atender picos maiores. Não compensa suprir picos de demanda (MW) através de usinas térmicas: sua potência seria maior do que a necessária para suprir energia (MW x hora). Do lado do consumo o maior crescimento da demanda ocorre no setor de serviços, residencial e comercial, com diminuição da atividade industrial– reflexo do incremento da renda e do avanço do emprego – são razões que explicam o aumento da demanda para fins térmicos. A incorporação de eletrodomésticos às residências tais como chuveiros elétricos, condicionadores, refrigeração e iluminação contribuem para a curva de carga no momento do pico, justifica manter os reservatórios quase cheios como reserva estratégica para atendimento de surtos inesperados ou mesmo o aumento dos picos de demanda proporcionalmente à demanda por energia (Kwhora). Essas são razões que justificam a geração distribuída, cada um gerando sua própria energia produzindo, ao mesmo tempo, os dois tipos de energia: calor e eletricidade. È muito mais barato adicionar unidades para incrementar a capacidade instalada de usinas prontas do que construir novas. Especialmente se houver provisão (slots). Equivale a baixar o fator de capacidade, tal como acontece nos países nos quais predominam térmicas. Ou, países que já esgotaram todo seu potencial hidroelétrico.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

TERMICAS NA BASE, HIDROELETRICAS NA PONTA


RESERVATÓRIOS CHEIOS E A ENERGIA DE PONTA Reservatórios quase cheios é a contingência natural do sistema que se torna cada vez mais hidrotérmico. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. Nivalde de Castro. Não só isso, diríamos, processos que levem em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. A geração hidrelétrica de ponta também poderá ser aumentada pela construção de novas unidades geradoras em poços provisionados em algumas usinas hidrelétricas já existentes (5 GW segundo a Abrage), o que torna baixo os custos para o atendimento da demanda máxima do SIN. Isso gera uma expectativa atraente para os produtores do mercado livre dado que com tarifas maiores os produtores vão utilizar a grande quantidade de energia secundária para a produção sazonal de bens que a energia elétrica consegue produzir, tais como hidrogênio, lítio, por exemplo. Não só isso, alguns consumidores vão migrar para este novo mercado, com perda de clientes das concessionárias. Antes, eram térmicas a vapor de baixa qualidade técnica que garantiam ponta com combustível barato. O máximo do desperdício de energia. O tempo do combustível barato já passou. Agora, os papéis se invertem: são térmicas a gás combinadas que economizam combustível fóssil das antigas térmicas.

segunda-feira, 6 de maio de 2013


RESERVATÓRIOS CHEIOS Não basta haver térmicas disponíveis se não houver estoque de combustível, que é o equivalente dos reservatórios de água. Nem pode haver dependência de infraestrutura de transporte (gasodutos, portos). Mas, –Porque os reservatórios devem permanecer cheios todo o tempo? Reservatórios cheios permitem suprir picos de demanda por períodos prolongados a qualquer hora, independente do clima. À medida que a demanda por energia cresce, hidroelétricas são cada vez mais solicitadas para atender picos maiores. Não compensa suprir picos de demanda (Mw) através de usinas térmicas: sua potência seria maior do que a necessária para suprir energia (Mwh). È muito mais barato adicionar unidades para incrementar a capacidade instalada de usinas prontas do que construir novas. Especialmente se houver previsão (slots). Equivale a baixar o fator de capacidade, tal como acontece nos países nos quais predominam térmicas. Ou, países que já esgotaram todo seu potencial hidroelétrico.

sábado, 4 de maio de 2013

COGERAÇÃO EM GRUPO DE RESERVA


Instalei um grupo gerador de reserva para um hospital e fiz a seguinte recomendação: “ligar o gerador próprio e deixar a Cemig na reserva”. Sai muito mais em conta. Além disso, o radiador foi suprimido e a água de arrefecimento foi ligada à serpentina do aquecedor central. Todo calor proveniente das perdas da queima do gás são integralmente utilizadas para o banho e roupa lavada dos pacientes, que, indubitavelmente constitui a maior demanda de qualquer hospital (70%). È o que denomina cogeração de calor e eletricidade por uma só fonte. Hotéis, condomínios e shopping centers não podem prescindir de geração própria. Além da segurança, economizam na conta de luz. Indústrias que utilizam “calor de processo” como cimenteiras, cerâmica, fábrica de alimentos e bebidas utilizam o processo cogeração em geração distribuída, para escapar do cativeiro da tarifa da distribuidora. Até usinas de biomassa utilizam para economizar bagaço, que é um combustível tão ruim que as próprias olarias rejeitam, mesmo que cedido gratuitamente.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

MUDANÇA ESTRUTURAL


MUDANÇA ESTRUTURAL PARA UM SISTEMA HIDROTÉRMICO A consequência imediata da baixa de tarifas é a perda de receita dos estados mais consumidores de energia e mudança de postura dos estados mais consumidores diante do novo ‘pacto federativo’. Explico: A declaração da tarifa aplicada (sem impostos) permite ao consumidor calcular o imposto pago por simples diferença. AGIOTAGEM NA COBRANÇA DE IMPOSTOS O preço da energia agora vem declarado explicitamente, menos mal. Exemplo da Cemig: Preço cobrado 0.51/Kwh houve queda de 20% Tarifa aplicada 0.33/Kwh Diferença 0.18/ Kwh A diferença, 0.18 R$/Kwh é imposto (ICMS + PASEP+COFINS) , que, se calculado corretamente sobre a Tarifa aplicada (sem impostos) resulta: 0.18/0.33 = 0.54 ou 54% de (ICMS + PASEP + COFIN) E não 0.18/0.51 = 0.35 ou 35% de (ICMS + PASEP + COFIN) Como vem declarado. Ao reduzir a tarifa aplicada, os impostos (ICMS + PASEP+COFINS) caem automaticamente, porque são cobrados “por dentro”, sem alterar a taxa declarada. A consequência natural é a perda de 20% também dos impostos: de 30% caem para 24% em relação ao cobrado originalmente. Vão pedir compensação, naturalmente.

terça-feira, 30 de abril de 2013

POTENCIAÇÃO: OVO DE COLOMBO


A REPOTENCIALIZAÇÃO DAS USINAS DO SUDESTE Citada como “ovo de colombo” no brilhante trabalho de Ivan Dutra talvez tenha outro significado, como o aumento da capacidade instalada quando sistema atingir a fase de predominância de térmicas e não a simples ’manutenção e modernização’. “A expansão de um sistema puramente hidráulico gera um subproduto chamado energia elétrica secundária, ou seja, aquela parcela cuja disponibilidade não se garante 95% do tempo. Essa energia pode ser entendida como o preço que se paga ao se expandir o sistema através de fontes hídricas. Assim, a disponibilidade crescente de energia secundária acaba viabilizando economicamente a entrada de usinas térmicas. Ela entra no sistema interligado transformando parte dessa energia elétrica secundária em energia garantida, pois complementaria a geração até atingir os 95% de garantia“. Roberto D’Araujo. Agora, é a mudança estrutural para utilização permanente de térmicas na base que afasta hidroelétricas para a ponta, tornando disponíveis grandes quantidades de energia secundária, as quais produzem cada vez menos energia (mais potência em período curto). Assim, os reservatórios permanecem como uma reserva estratégica para ocasiões de extrema urgência. PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS Certo receio do encarecimento da energia pode levar à prática conservacionista no uso final da energia e à geração própria de forma distribuída. – indústrias que utilizam gás em “calor de processo”, concorrentes das usinas térmicas deveriam também produzir eletricidade e não apenas calor como, por exemplo, cimenteiras, cerâmicas, refratários, vidro, papel e celulose, etc. – Hospitais, shopping-center, condomínios, escolas não podem prescindir de geradores próprios que produzem ao mesmo tempo calor e eletricidade. Além de ficar mais em conta utilizam o calor dos gases no aquecimento de aparelhos elétricos que, indubitavelmente constitui a maior carga destas instituições. Hidroelétricas podem operar com toda sua capacidade instalada (potência em MW) por breves períodos de ponta ou vizinhança de uma situação de risco iminente. Mas, a energia ficará cada vez mais reduzida ao tempo do período breve. A medida que a carga do sistema cresce cada vez mais as hidroelétricas – em menor proporção – vão, sistematicamente, sendo jogadas para a ponta e produzindo menos energia e, consequentemente diminuindo a necessidade de vazão regularizada para suprir esta peque produção de energia, até que caia abaixo da vazão natural dos rios. Reservatórios deixam de ter significado como produtor de energia ao sistema e passam a funcionar próximo do nível superior do reservatório garantindo potência em intervalos de tempo cada vez menores. Esta é a condição de funcionamento do sistema dos países como a China que voltaram a construir grandes reservatórios, mesmo depois de atingir predominância térmica. Daí os baixos fatores de capacidade (Usina de 3 Gargantas).

sexta-feira, 19 de abril de 2013

AUMENTA PARTICIPAÇÃO E TÉRMICAS NA MATRIZ


AUMENTA PARTICIPAÇÃO E TÉRMICAS NA MATRIZ Economia no uso-final da energia As chuvas terminaram e os reservatórios atingem 2/3 da capacidade máxima. Não encheram, mas vão encher nos próximos anos com a utilização de térmicas na base. A inserção mais frequente de térmicas colocadas na base obriga hidroelétricas – agora em menor proporção – para a ponta, as quais produzem cada vez menos energia (mais potência em período curto). Assim, os reservatórios permanecem como uma reserva estratégica para ocasiões de extrema urgência. A participação de térmicas – que já é de 1/3 – em breve chegará a ½ a 1/2, com as térmicas na base e as hidroelétricas cada vez mais afastadas para a ponta. Hidroelétricas em menor proporção geram cada vez menos energia e, consequentemente, menor dependência dos reservatórios para manter a pequena vazão para firmar as hidroelétricas. O SIN se torna mais seguro com a garantia efetiva das térmicas, porem mais cara a energia pelo elevado custo das térmicas. Este é o preço que temos de pagar por termos um sistema ainda fortemente hidroelétrico. "As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas" (Altino Ventura). Diríamos que não só combustíveis mais baratos mas processos mais eficientes na produção e consumo de energia. Ou, como gastar menos com as térmicas rodando muito? Resposta: gastando de maneira mais eficiente no uso-final da energia. Como gastar menos com as térmicas rodando muito? Resposta: gastando de maneira mais eficiente no uso-final da energia. Ou, em outras palavras: produzir simultaneamente os dois tipos de energia: calor e trabalho. Os dois tipos de energia estão presentes em um mesmo processo de transformação. São inseparáveis: não se pode aperfeiçoar um negligenciando o outro. Exemplificando: – Se vamos instalar uma térmica à gás ela deve estar junto de outra convencional a vapor para reduzir o consumo de combustível fóssil, sem que precise ser desativada. – O próximo leilão de energia deverá incluir pelo menos três novas térmicas movidas a carvão. O mais correto é sejam usinas combinadas com térmicas a gás. Ambas produzindo energia com rendimento próximo de 60%, economizando o combustível da térmica convencional.

terça-feira, 2 de abril de 2013

ERROS CONCEITUAIS:


– O governo projeta hidroelétricas de fio d’água na Amazônia que não geram energia e para as quais não existe demanda nos próximos 5 anos, segundo o próprio ONS. Se os reservatórios são pequenos – para contornar custo sócio ambiental – se tornam inúteis para o fim de armazenamento de energia potencial. Por outro lado, com grandes reservatórios perdem economicidade. As únicas usinas viáveis são as pequenas turbinas de bulbo para uso local. Assim mesmo requerem complementação térmica nos períodos secos, comuns na Amazônia. Entretanto, são poucas as possibilidades de armazenamento de água para fins de estoque de energia potencial, dadas as baixas altitudes. É o próprio ONS que reconhece a necessidade de complementação térmica para suprir a crescente incapacidade dos reservatórios de auto regulação do sistema. “Não há milagre,... será impossível operar o sistema elétrico brasileiro sem a existência de uma complementação das térmicas." –Faz leilões conjuntos de hidroelétrica, eólica e termoelétrica – visando a modicidade – quando deviam ser segregados por tipo – para ter mais segurança. Não são fontes concorrentes: cada uma tem um fim específico. Exemplo: eólicas complementam localmente hidroelétricas no NE; térmicas a gás substituem reservatórios e complementam localmente hidroelétricas no SE. Podem se tornar do tipo combinada quando agregadas às térmicas antigas, que não precisam ser desativadas. E o pior é que todo mundo sabe disso e não pode fazer nada, principalmente os técnicos do MME, ONS, GESEL, IEE – aliás bons técnicos por sinal – cujos nomes já foram inúmeras vezes citados. Só o governo é que não sabe ou não quer, para não ferir suscetibilidades. Quem não sabe – a esta altura – que a proporção de térmicas e hidroelétricas vão chegar rapidamente a ½ a ½ e os reservatórios vão permanecer quase cheios, com hidroelétricas na ponta como garantia de algum surto inesperado? Enfim a 11ª rodada vem aí, em maio, já com certo atraso. Quando a presidente vai atender insistentes pedidos da eficiente presidente da Petrobras e equilibrar preços internos nas distribuidoras com os preços de mercado?

segunda-feira, 1 de abril de 2013

EQUÍVOCOS


A meu ver o governo comete 2 erros conceituais: – O governo projeta hidroelétricas de fio d’água na Amazônia que não geram energia e para as quais não existe demanda nos próximos 5 anos, segundo o próprio ONS. Se os reservatórios são pequenos – para contornar custo sócio ambiental – se tornam inúteis para o fim de armazenamento de energia potencial. Por outro lado, com grandes reservatórios perdem economicidade. As únicas usinas viáveis são as pequenas turbinas de bulbo para uso local. Assim mesmo requerem complementação térmica nos períodos secos, comuns na Amazônia. Entretanto, são poucas as possibilidades de armazenamento de água para fins de estoque de energia potencial, dadas as baixas altitudes. É o próprio ONS que reconhece a necessidade de complementação térmica para suprir a crescente incapacidade dos reservatórios de auto regulação do sistema. “Não há milagre,... será impossível operar o sistema elétrico brasileiro sem a existência de uma complementação das térmicas." –Faz leilões conjuntos de hidroelétrica, eólica e termoelétrica – visando a modicidade – quando deviam ser segregados por tipo – para ter mais segurança. Não são fonte concorrente: cada uma tem um fim específico. Exemplo: eólicas complementam localmente hidroelétricas no NE; térmicas a gás substituem reservatórios e complementam localmente hidroelétricas no SE. Podem se tornar do tipo combinada quando agregadas às térmicas antigas, que não precisam ser desativadas.

MARES MORTOS - AÇUDES QUE NUNCA ENCHEM


Alguns trechos de “AÇUDES DO NORDESTE” por Manoel Bonfim Ribeiro. Os açudes são construções públicas federais, estaduais, municipais, particulares e de cooperação, somando, hoje, o fantástico número de 70.000 reservatórios superficiais, tornando o Semi-árido, a região mais açudada do Planeta. Não há região no Globo, árida ou semi-árida, com tamanha capacidade de acumulação, um cubo de 37 bilhões de m³, um terço do que o São Francisco despeja anualmente no Atlântico. Numa distribuição geográfica eqüitativa disporíamos de um açude a cada 14 km² por toda a superfície do Polígono das Secas. O SEMI-ÁRIDO MAIS IRRIGADO DO MUNDO As águas de chuva seguem três caminhos distintos: evaporação, infiltração e escoamento. A evaporação no Semi-árido é avassaladora, chegando a mais de 80%, no momento da precipitação. A infiltração varia de 10 a 15%. O escoamento é o de águas superficiais e fugidias, formadoras dos riachos. O coeficiente de escoamento (run-off) varia de 10 a 20% das águas caídas, mas é baixíssimo o índice de armazenamento, geralmente, menos de 1% do volume afluente médio anual, por vezes, apenas 0,1%. Apesar de índices tão baixos, os reservatórios acumulam grandes volumes de água, com milhões e bilhões de metros cúbicos, como o Castanhão, um açude oceânico que pode ser visto da lua. MARES DE SAL CARREGADOS PELOS RIOS INTERMITENTES 22 mega-açudes construídos no Semi-árido acumulam nas suas bacias 20,3 bilhões de m³ de água, volume equivalente a 8 vezes e meia a baía da Guanabara, a segunda maior baía do litoral brasileiro. NUNCA SECAM, MAS MUITOS NUNCA ENCHEM Os açudes não secam, são reservatórios plurianuais, inter-anuais, projetados e construídos, com aprimoramento e rigor técnico, pelos engenheiros do Brasil, sobretudo nordestinos, comparados aos melhores hidrólogos egípcios. Cada projeto exige todos os dados climatológicos da bacia hidrográfica em questão, pluviometrias, fluviometria, vazões, run-off, quociente de evaporação, índice de armazenamento, tudo é definido em projeto, inclusive a ciclicidade das secas da região com toda sua série histórica. São analisados e selecionados os materiais usados em cada obra. É tecnologia avançada de alto nível. SÃO MARES MORTOS DE ÁGUAS SALOBAS Construímos, durante 100 anos, com muito orgulho nordestino, o maior patrimônio hídrico do Mundo na captação de chuvas, uma das grandes conquistas da humanidade em terras áridas, uma verdadeira AGUABRÁS, e, num determinado momento, joga-se tudo pela janela, não serve mais, vamos transpor o São Francisco, é melhor. Senhores do nosso Brasil, políticos, governantes, religiosos, administradores, profissionais, executivos e toda a sociedade. A solução para o atendimento às comunidades sertanejas está na distribuição dessa água. A infraestrutura está pronta, basta implantar um vigoroso sistema de adutoras. Os nordestinos serão todos atendidos e assistiremos na AGUABRÁS, o grande naufrágio da “indústria da seca”.

sábado, 30 de março de 2013

O FUTURO DAS TÉRMICAS EM SISTEMA HIDROTERMICO


"As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas" (Altino Ventura). Com o aumento da carga a inserção mais frequente de térmicas colocadas na base afasta hidroelétricas – agora em menores proporções – para a ponta, as quais produzem cada vez menos energia. Hidroelétricas em menor proporção geram cada vez menos energia e, consequentemente, menor dependência dos reservatórios para manter a pequena vazão para firmar as hidroelétricas. O SIN se torna mais seguro com a garantia efetiva das térmicas, porem mais cara a energia pelo elevado custo das térmicas. Este é o preço que temos de pagar por termos um sistema ainda fortemente hidroelétrico. Não existe sistema invulnerável a riscos. Qualquer um que pense seriamente sobre o assunto acha este é um fim desejado. Isto é um absurdo. Benefícios da modicidade têm de ser confrontados com os custos da segurança. Todos nós pagaremos por isto: não há mais ninguém para pagar. Não se trata de uma questão ideológica: faça chuva ou faça sol esta é a imprevisibilidade da natureza. Encham ou não os reservatórios, um dia o sistema será térmico como já é marcante nos países industrializados.

quinta-feira, 28 de março de 2013

TÉRMICAS PERMANENTES


TÉRMICAS NA BASE Foi o uso intensivo de reservatórios – com térmicas e outras fontes à disposição – que levou à atual falta de água nos reservatórios. Apesar de ter predominância de hidroelétricas – 70% segundo Roberto Pereira D'Araújo do MME – as usinas geram 90% da energia e apenas metade da sua capacidade térmica. Se as térmicas tivessem entrado em operação antes – ou melhor, se nem fossem desligadas antes de outubro – a situação hoje seria outra. Hoje as usinas são contratadas por disponibilidades. Ficam paradas à espera de um chamado do ONS. (Luiz Pinguelli Rosa). Ora, 20 GWmed de energia, gerados por 20GW de capacidade instalada de térmicas não podem ficar paradas a maior parte do tempo a espera do chamado do NOS. È ma quantidade expressiva de energia, ½ da energia gerada hidroelétricas em condições normais. Tomemos o exemplo de Roberto Araujo: um sistema com 70 GW de CI em hidroelétricas e 20GW em termoelétricas. As térmicas, com FC=1, podem gerar: 20 GWmédio ou 1/3 As hidros, com FC=.55, geram: 40 GWmédio ou 2/3 Total de geração térmica: 60 GWmédio ou 1/1 90% por hidroelétricas: 54 GWmédio 10% por térmicas : 6 GWmédio Isso só poderia acontecer com a utilização intensa dos reservatórios o que ocasionou o rápido esvaziamento. Por esta razão as térmicas foram ligadas – por precaução – em outubro, quando nunca deveriam ter sido desligadas. Aqui há uma diferença de 14 GWmedio fornecidos a mais por Hidroelétricas e fornecidos a menos térmicas. Hidroelétricas passaram de 40 para 54 GWmedio, enquanto térmicas reduziram de 20 para 6G GWmedio. Não se trata mais de um sistema complementado por um punhado de hidroelétricas antigas a vapor, mas de um sistema hidrotérmico com forte presença de térmicas. Para que continuem existindo essas antigas térmicas a vapor de baixo rendimento precisam ser melhoradas para que continuem funcionando com maior rendimento do conjunto. Para tanto, basta que sejam acopladas à térmicas a gás de alto rendimento e que – acima de tudo – aproveite todo o calor dos gases para finalidades térmicas. O mesmo se pode dizer das novas térmicas a gás. Precisam estar combinadas à indústria que aproveite a energia dos gases de escape: cimenteiras, fábricas de papel e celulose, indústria cerâmica, etc.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

TÉRMICAS LIGADAS O ANO TODO


TÉRMICAS PERMANENTES A manutenção de térmicas ligadas – por segurança –durante o ano todo é o primeiro passo para a permanência definitiva, uma vez que serão ligadas antecipadamente – também por medida de segurança – como conjecturavam alguns setores. Isto mostra a repetição do processo nos anos subsequentes, isto é: a utilização permanente de térmicas na base do sistema. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. Nivalde de Castro. Térmicas funcionando o ano todo vai permitir que parte da energia potencial economizada em reservatórios seja utilizada para o aumento de capacidade instalada e o restante para economizar combustível. São dois propósitos combinados: Energético: economia de combustível nas térmicas existentes. Potencial: incremento da capacidade instalada pela a adição de mais unidades nas hidroelétricas existentes. Esta combinação de propósitos – corriqueira nos países com predominância de térmicas – só veio ocorrer tardiamente no Sistema Elétrico Brasileiro, depois do choque no preço do petróleo importado. À semelhança das usinas de fio d’água da Amazônia – que também são projetadas com baixos fatores de capacidade – as antigas usinas hidroelétricas vão ter de passar por um processo de repotenciação e modernização.

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Uma exposição didática do significado de "visão geral de sistema".

Cada página acima tem o tamanho físico de uma página real e poderá ser consultada em qualquer órdem para ver como as "variáveis de sistema" estão interrelacionadas.

Para se ter uma visão de conjunto do artigo todo no arquivo do blog as postagens (mais extensas) aparecem na órdem em que foram postadas.























































































































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