sábado, 30 de março de 2013

O FUTURO DAS TÉRMICAS EM SISTEMA HIDROTERMICO


"As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas" (Altino Ventura). Com o aumento da carga a inserção mais frequente de térmicas colocadas na base afasta hidroelétricas – agora em menores proporções – para a ponta, as quais produzem cada vez menos energia. Hidroelétricas em menor proporção geram cada vez menos energia e, consequentemente, menor dependência dos reservatórios para manter a pequena vazão para firmar as hidroelétricas. O SIN se torna mais seguro com a garantia efetiva das térmicas, porem mais cara a energia pelo elevado custo das térmicas. Este é o preço que temos de pagar por termos um sistema ainda fortemente hidroelétrico. Não existe sistema invulnerável a riscos. Qualquer um que pense seriamente sobre o assunto acha este é um fim desejado. Isto é um absurdo. Benefícios da modicidade têm de ser confrontados com os custos da segurança. Todos nós pagaremos por isto: não há mais ninguém para pagar. Não se trata de uma questão ideológica: faça chuva ou faça sol esta é a imprevisibilidade da natureza. Encham ou não os reservatórios, um dia o sistema será térmico como já é marcante nos países industrializados.

quinta-feira, 28 de março de 2013

TÉRMICAS PERMANENTES


TÉRMICAS NA BASE Foi o uso intensivo de reservatórios – com térmicas e outras fontes à disposição – que levou à atual falta de água nos reservatórios. Apesar de ter predominância de hidroelétricas – 70% segundo Roberto Pereira D'Araújo do MME – as usinas geram 90% da energia e apenas metade da sua capacidade térmica. Se as térmicas tivessem entrado em operação antes – ou melhor, se nem fossem desligadas antes de outubro – a situação hoje seria outra. Hoje as usinas são contratadas por disponibilidades. Ficam paradas à espera de um chamado do ONS. (Luiz Pinguelli Rosa). Ora, 20 GWmed de energia, gerados por 20GW de capacidade instalada de térmicas não podem ficar paradas a maior parte do tempo a espera do chamado do NOS. È ma quantidade expressiva de energia, ½ da energia gerada hidroelétricas em condições normais. Tomemos o exemplo de Roberto Araujo: um sistema com 70 GW de CI em hidroelétricas e 20GW em termoelétricas. As térmicas, com FC=1, podem gerar: 20 GWmédio ou 1/3 As hidros, com FC=.55, geram: 40 GWmédio ou 2/3 Total de geração térmica: 60 GWmédio ou 1/1 90% por hidroelétricas: 54 GWmédio 10% por térmicas : 6 GWmédio Isso só poderia acontecer com a utilização intensa dos reservatórios o que ocasionou o rápido esvaziamento. Por esta razão as térmicas foram ligadas – por precaução – em outubro, quando nunca deveriam ter sido desligadas. Aqui há uma diferença de 14 GWmedio fornecidos a mais por Hidroelétricas e fornecidos a menos térmicas. Hidroelétricas passaram de 40 para 54 GWmedio, enquanto térmicas reduziram de 20 para 6G GWmedio. Não se trata mais de um sistema complementado por um punhado de hidroelétricas antigas a vapor, mas de um sistema hidrotérmico com forte presença de térmicas. Para que continuem existindo essas antigas térmicas a vapor de baixo rendimento precisam ser melhoradas para que continuem funcionando com maior rendimento do conjunto. Para tanto, basta que sejam acopladas à térmicas a gás de alto rendimento e que – acima de tudo – aproveite todo o calor dos gases para finalidades térmicas. O mesmo se pode dizer das novas térmicas a gás. Precisam estar combinadas à indústria que aproveite a energia dos gases de escape: cimenteiras, fábricas de papel e celulose, indústria cerâmica, etc.

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Uma exposição didática do significado de "visão geral de sistema".

Cada página acima tem o tamanho físico de uma página real e poderá ser consultada em qualquer órdem para ver como as "variáveis de sistema" estão interrelacionadas.

Para se ter uma visão de conjunto do artigo todo no arquivo do blog as postagens (mais extensas) aparecem na órdem em que foram postadas.























































































































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Escritor bissexto e plagiador de poetas. Calculista e decifrador.

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