quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

EFICIÊNCIA NO USO FINAL


EFICIÊNCIA NO USO FINAL A geração distribuída não só concorre eficazmente para a redução de tarifa como constitui um meio eficiente de economia no uso final da energia. O consumo da energia no local onde é produzida permite a complementação por térmicas a gás com aproveitamento total da energia contida no combustível. Parte da energia do tipo térmica (calor dos gases de escape) reduz o consumo de combustível da térmica convencional a qual está combinada; parte da energia eletromecânica no eixo da turbina a gás complementa hidroelétricas no período de seca. Do ponto de vista da segurança, elimina o risco inerente ao transporte de grandes blocos de potência por corredores exclusivos sujeitos a acidente provocado pelo clima como raios, furacões e tempestades. FUGINDO AO CONTROLE EUA e Europa vêm incentivando ao máximo a geração distribuída, próxima à carga. Isso evita o crescimento desmesurado da malha de transmissão e, por conseguinte, de seu custo e risco respectivo. No Sudeste acontecerá naturalmente como forma de fugir ao controle burocrático imposto pelas distribuidoras. Não é a toa que os donos de estabelecimentos sejam “incentivados” a instalar geradores de reserva, o que é uma evidência da necessidade de térmicas complementares nos períodos de pico de demanda, ou seja: o privado se antecipando ao público. Só que deveriam seguir o procedimento do hospital da minha cidade e mantê-los ligados o tempo todo, deixando a concessionária de reserva: sai mais em conta. USINAS COMBINADAS DE COGERAÇÃO A cogeração com térmicas a gás junto às antigas térmicas é a forma de geração distribuída que diminui o risco de suprimento por hidroelétricas distantes. Térmicas a gás, estão sempre disponíveis, independente do clima: supre a energia localmente e aumenta a reserva de potência próxima ao centro consumidor. Custa pouco (menos de 1000US$/KW instalado) porque são velozes como turbinas de avião. Aproveitam integralmente a energia química contida no gás: energia térmica no escape de gases e elétrica no eixo da turbina. A complementação por hidroelétricas distantes é um “cacoete” herdado da monocultura da eletricidade prevalecente à época do sistema integrado que esgotou sua capacidade de reservatórios. Serra da Mesa é o último deles. Para evitar riscos climáticos requer redundância de linhas o que aumenta o custo, especialmente ambientais. APAGÕES DA INEFICIÊNCIA: Não falta energia. Falta linha de transmissão e custa pouco para o sistema ser mais conectado e ter mais caminhos alternativos. Linhas são baratas, mas estão sujeita a riscos e os custos poderiam ultrapassar os benefícios. Não existe sistema invulnerável a riscos de acidentes. Ninguém que estude seriamente o assunto consideraria como desejável um sistema invulnerável a risco. Isto é um absurdo. É preciso ponderar benefício com custo. Duas possibilidades de tornar o sistema mais seguro: Redundância em linhas de transmissão – que têm baixo custo relativamente ao todo – que acabarão subutilizadas a maior parte do tempo– ou complementação por térmicas que também tem baixo custo de aquisição em relação a hidroelétricas – mas que tem custo alto de combustível (e poluem) – que também acabarão paradas a maior parte do tempo enquanto os acidente não acontecem. Só térmica junto às cargas oferecem garantias plenas de segurança, porque são depósitos potenciais de energia química, disponíveis a qualquer hora, independente das condições climáticas. Por esta razão é que se justifica a geração distribuída como está acontecendo nos países industrializados. A utilização de térmicas – quando empregadas na forma combinada – ainda permite a utilização de toda energia armazenada no combustível, seja na forma de energia térmica dos gases de escape, seja na forma elétrica no eixo da turbina. Ora, considerar uma redução de tarifas através da renovação de contratos vincendos além de ser um objetivo inatingível – diante das intermináveis discussões que acabariam desembocando no Supremo – o resultado seria “pífio”, diante dos baixos preços da geração e transmissão. Lembrar que são usinas e linhas integradas há muito tempo ao sistema que só passaram a ter remuneração elevada graças aos tributos e encargos acrescentados ao sistema ao longo de muitos anos. Vai provocar uma celeuma semelhante à distribuição dos royalties, no qual o governo já coleciona 2 derrotas. Mas, o que o governo pretende é a injeção da RGR nas empresas para só depois extinguir os encargos e, assim – afastando sócios privados – tornar a Eletrobrás e congêneres mais estatais como fez no episódio da capitalização da Petrobras.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

GERAÇÃO DISTRIBUIDA E A REDUÇAO DE ICMS


“O ICMS que incide sobre a eletricidade é calculado por um critério chamado tributação por dentro, no qual a base de incidência do imposto inclui o próprio imposto”. (instituto Acende Brasil). Por isso, a geração distribuída é o melhor caminho para se chegar a redução efetiva de tarifas que está quase toda concentrada na cobrança de ICMS pelos estados. A geração distribuída seria a maneira pela qual os estados produtores teriam de reter o consumo da energia por eles produzida já que a cobrança ocorre no destino e não na produção. É a maneira dos estados ganharem maior autonomia e se libertarem da tutela do poder central já que estão impedidos da cobrança nos produtos primários destinados a exportação (lei Kandir). Além disso, a geração distribuída concorre para a maior eficiência no uso final da energia como já vem ocorrendo voluntariamente em diversos setores para fugir ao controle do poder central e do elevado custo da energia.

domingo, 9 de dezembro de 2012

NOVO CONTEXTO DO SIN


CUSTO ATUAL DE UMA USINA VELHA Usinas têm custos que afetam o desempenho das empresas. Mas, como avaliar custos de usinas, caso a caso, que fazem parte de um sistema integrado? Não existe um custo a ser apropriado a cada usina particular de maneira isolada. Elas fazem parte do contexto geográfico e temporal do SIN e seu valor é compartilhado pelas empresas. – Como vão ser apropriados os ganhos de produtividade decorrente da enorme sinergia proporcionado pela integração? Algumas são simultâneas, outras posteriores à construção de reservatórios que tornam os custos essencialmente variáveis. O custo do reservatório não pode ser atribuído à própria usina de Furnas em particular, pois seus efeitos perduram até hoje apesar ter completado ½ século de existência. –Como poderá haver participação de capital privado nas novas empresas esvaziadas de lucro? Exemplificando: Jupiá, uma das usinas ameaçadas (da Cesp) foi construída antes (no tempo) de Furnas. Como vem depois (no espaço) do reservatório bem que poderia ter maior capacidade instalada. Pergunta-se: qual o custo de Jupiá? O de antes ou depois da construção de Furnas? RESERVATÓRIO NÃO É UM BEM PÚBLICO Há uma enorme diferença entre uma jazida ou poço petrolífero e um potencial hidráulico. No caso de petróleo ou jazida a concessão termina com o esgotamento do recurso e nem compensa a remoção de sondas ou plataformas. Milhares delas permanecem abandonadas no golfo do México. No caso de uma hidroelétrica – que é um recurso renovável – a energia não se esgota. Os efeitos permanecem por um prazo que ultrapassa o prazo da concessão, produzindo beneficio para outras hidroelétricas, rio abaixo. Por esta razão o governo que sempre optou pela prorrogação quer agora impor condições para renovar concessões, antes mesmo do prazo: uma redução de tarifas calculadas pelo próprio governo. Isto uma política que nem mesmo a China – que é um país comunista – pratica. A china não costuma tomar empresas que lá se instalaram. Pelo contrário, incentiva ainda mais sua entrada**. –Porque tem de ter de reduzir seus ganhos se os efeitos permanecem? Potenciais podem ser um bem público (herança do código de águas de 1934). Entretanto, reservatórios não constituem bem público. Tem de ser construído, o que requer investimento público ou privado. Reservatórios singulares destituído de usinas – que também não são bens públicos – firmam energia de usinas a juzante. Produzem efeitos por tempo indefinido, sem que suas concessões precisem ser renovadas, a não ser por questão ambiental ou utilização para fim de uso múltiplo. **"Não importa a cor do gato, desde que ele pegue o rato" Deng Xiau Ping que é um incentivo para mais investimentos de capital privado. Mas, agora o governo quer impor condições para renovar concessões, antes mesmo do prazo: uma redução de tarifas calculadas pelo próprio governo. –Porque tem de ter de reduzir seus ganhos se os efeitos permanecem? Potenciais podem ser um bem público (herança do código de águas de 1934). Entretanto, reservatórios não constituem bem público. Tem de ser construído, o que requer investimento público ou privado. Isto é socialismo, uma política suicida que nem mesmo a China – que é um país comunista – pratica. A china não costuma tomar empresas que lá se instalaram. Pelo contrário, incentiva ainda mais sua entrada**. –Porque tem de ter de reduzir seus ganhos se os efeitos permanecem? Potenciais podem ser um bem público (herança do código de águas de 1934). Entretanto, reservatórios não constituem bem público. Tem de ser construído, o que requer investimento público ou privado. – *"Não importa a cor do gato, desde que ele pegue o rato"

sobre o blog

Uma exposição didática do significado de "visão geral de sistema".

Cada página acima tem o tamanho físico de uma página real e poderá ser consultada em qualquer órdem para ver como as "variáveis de sistema" estão interrelacionadas.

Para se ter uma visão de conjunto do artigo todo no arquivo do blog as postagens (mais extensas) aparecem na órdem em que foram postadas.























































































































Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Escritor bissexto e plagiador de poetas. Calculista e decifrador.

Uma exposição didática do significado de "visão geral de sistema".

Cada página acima tem o tamanho físico de uma página real e poderá ser consultada em qualquer órdem para ver como as "variáveis de sistema" estão interrelacionadas.
Para se ter uma visão de conjunto do artigo todo no arquivo do blog as postagens (mais extensas) aparecem na órdem em que foram postadas.