terça-feira, 30 de abril de 2013

POTENCIAÇÃO: OVO DE COLOMBO


A REPOTENCIALIZAÇÃO DAS USINAS DO SUDESTE Citada como “ovo de colombo” no brilhante trabalho de Ivan Dutra talvez tenha outro significado, como o aumento da capacidade instalada quando sistema atingir a fase de predominância de térmicas e não a simples ’manutenção e modernização’. “A expansão de um sistema puramente hidráulico gera um subproduto chamado energia elétrica secundária, ou seja, aquela parcela cuja disponibilidade não se garante 95% do tempo. Essa energia pode ser entendida como o preço que se paga ao se expandir o sistema através de fontes hídricas. Assim, a disponibilidade crescente de energia secundária acaba viabilizando economicamente a entrada de usinas térmicas. Ela entra no sistema interligado transformando parte dessa energia elétrica secundária em energia garantida, pois complementaria a geração até atingir os 95% de garantia“. Roberto D’Araujo. Agora, é a mudança estrutural para utilização permanente de térmicas na base que afasta hidroelétricas para a ponta, tornando disponíveis grandes quantidades de energia secundária, as quais produzem cada vez menos energia (mais potência em período curto). Assim, os reservatórios permanecem como uma reserva estratégica para ocasiões de extrema urgência. PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS Certo receio do encarecimento da energia pode levar à prática conservacionista no uso final da energia e à geração própria de forma distribuída. – indústrias que utilizam gás em “calor de processo”, concorrentes das usinas térmicas deveriam também produzir eletricidade e não apenas calor como, por exemplo, cimenteiras, cerâmicas, refratários, vidro, papel e celulose, etc. – Hospitais, shopping-center, condomínios, escolas não podem prescindir de geradores próprios que produzem ao mesmo tempo calor e eletricidade. Além de ficar mais em conta utilizam o calor dos gases no aquecimento de aparelhos elétricos que, indubitavelmente constitui a maior carga destas instituições. Hidroelétricas podem operar com toda sua capacidade instalada (potência em MW) por breves períodos de ponta ou vizinhança de uma situação de risco iminente. Mas, a energia ficará cada vez mais reduzida ao tempo do período breve. A medida que a carga do sistema cresce cada vez mais as hidroelétricas – em menor proporção – vão, sistematicamente, sendo jogadas para a ponta e produzindo menos energia e, consequentemente diminuindo a necessidade de vazão regularizada para suprir esta peque produção de energia, até que caia abaixo da vazão natural dos rios. Reservatórios deixam de ter significado como produtor de energia ao sistema e passam a funcionar próximo do nível superior do reservatório garantindo potência em intervalos de tempo cada vez menores. Esta é a condição de funcionamento do sistema dos países como a China que voltaram a construir grandes reservatórios, mesmo depois de atingir predominância térmica. Daí os baixos fatores de capacidade (Usina de 3 Gargantas).

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Uma exposição didática do significado de "visão geral de sistema".

Cada página acima tem o tamanho físico de uma página real e poderá ser consultada em qualquer órdem para ver como as "variáveis de sistema" estão interrelacionadas.

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Escritor bissexto e plagiador de poetas. Calculista e decifrador.

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