HIDROELÉTRICAS PRODUTORAS DE PONTA
Em maio 25, – com acréscimos decrescentes (derivada) – os reservatório atingem o nível satisfatório maior possível de 70%, mas ainda inferior a 2012. Daí segue o mesmo padrão, agora com todas as térmicas ligadas, desta vez de forma permanente.
–Porque os reservatórios devem permanecer cheios todo o tempo?
Reservatórios cheios permitem suprir picos de demanda por períodos prolongados a qualquer hora, independente do clima. À medida que a demanda por energia cresce, hidroelétricas são cada vez mais solicitadas para atender picos maiores.
Não compensa suprir picos de demanda (MW) através de usinas térmicas: sua potência seria maior do que a necessária para suprir energia (MW x hora). Mas, foi usada e vai continuar usando: um verdadeiro desperdício. Hidroelétrica é a única fonte que tem capacidade instalada maior (na proporção do FC 0.55) do que a quantidade energia que é capaz de produzir.
"Algumas hidrelétricas já tem local pronto para colocar essas máquinas adicionais, mas ainda não colocaram. Ou seja, a parte civil já tá pronta. É só aumentar a potência da usina”, segundo o NOS, lembrando que essa ampliação não aumentaria a energia assegurada da usina, apenas à potência.
No período chuvoso , hidroelétricas tem capacidade mais do que suficiente para atender picos demanda: o problema é no período seco, quando térmicas estão inteiramente ocupasadas na produção de energia. Picos de demanda – é bom lembrar – também podem ocorrer no período seco.
Só hidros tem CI maior, ou seja: potência em curtos períodos.
Poucas umas térmicas a diesel já estão desligadas mas, seria um erro desligar todas.
PICOS DE CARGA
Do lado do consumo o maior crescimento da demanda ocorre no setor de serviços, residencial e comercial, com diminuição da atividade industrial – reflexo do incremento da renda e do avanço do emprego – são razões que explicam o aumento da demanda para fins térmicos.
A incorporação de eletrodomésticos às residências tais como chuveiros elétricos, condicionadores, refrigeração e iluminação contribuem para a curva de carga no momento do pico, justifica manter os reservatórios quase cheios como reserva estratégica para atendimento de surtos inesperados ou mesmo o aumento dos picos de demanda proporcionalmente à demanda por energia (Kwhora).
È muito mais barato adicionar unidades para incrementar a capacidade instalada de usinas prontas do que construir novas. Especialmente se houver provisão (slots).
“Até 5 GW de ganho de potência, colocando mais máquinas, apenas adicionando mais unidades, especialmente se houver provisão. È mais barato atender o horário de ponta com a ampliação de potência dessas hidrelétricas do que com térmicas” segundo o ONS.
Atender picos de demanda com térmicas é um equívoco.
Equivale a baixar o fator de capacidade, tal como acontece nos países nos quais predominam térmicas. Ou, países que já esgotaram todo seu potencial hidroelétrico.
Essas são razões que justificam a geração distribuída, cada um gerando sua própria energia produzindo, ao mesmo tempo, os dois tipos de energia: calor e eletricidade.
Mas para que isso ocorra é preciso haver incentivos, segundo o NOS.
“queda de produtividade e de potência das hidrelétricas e o horário de ponta teve que ser atendido com térmicas e isso custa caro. Em alguns momentos, o operador chegou a acionar 9 mil MW térmicos para atender a ponta”. Isso é um despropósito (PEN 2011 - 2015).
Este é risco hidrológico à forte diferença existente entre a potência instalada e a energia firme3 que se verifica entre o período úmido e seco do ano.
Hugo Siqueira, em 12/04/2013.
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